Obras de infraestrutura da Cidade do Rock são finalizadas.
Intervenções demandaram recuperação do solo em área de 34 mil m², beirando o canal Camorim. Com 150 mil m², parque de R$ 37 milhões vai abrigar as edições do Rock in Rio e servirá como espaço de lazer para os atletas da Vila Olímpica.
Após dez anos, o Rock in Rio, festival de música e entretenimento que já reuniu mais de cinco milhões de pessoas em suas nove edições (três no Brasil, em 1985, 1991 e 2001, quatro em Portugal e duas na Espanha) volta a acontecer no País. O evento será realizado no final de setembro e início de outubro no Parque Olímpico Cidade do Rock, construído na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, às margens da Lagoa de Jacarepaguá. Além do festival, o parque abrigará outros shows musicais e servirá também como espaço de lazer para os atletas da Vila Olímpica, situada a cerca de 300 m do local.
Vista geral da Cidade do Rock |
As obras de infraestrutura (terraplanagem, drenagem, pavimentação, instalação de sistema de água e esgoto e de iluminação), foram entregues no último dia 6 pela CR Almeida e custaram R$ 37 milhões. Para o Rock in Rio, no entanto, estão sendo feitas outras intervenções a cargo da organização do evento. Antes da Olimpíada de 2016, ainda haverá outra licitação para a finalização da estrutura de lazer do parque.
Segundo o engenheiro Luiz Severino Nunes Machado, da RioUrbe, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Obras responsável pelo projeto e acompanhamento da construção, o principal desafio do projeto foi a parte inicial da obra, de estudo e tratamento do solo. Uma área de 34 mil m² beirando o Canal Camorim, que liga as lagoas de Jacarepaguá e da Tijuca teve de ser recuperada.
Para a execução da obra, foi feito um projeto ambiental que contou com a assessoria e aprovação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e do Inea - Instituto Estadual do Ambiente. A terraplenagem foi feita em aterro compactado com material importado de jazida (saibro) e hidráulico por dragagem flutuante. As etapas da obra incluíram: limpeza e acerto do terreno, recuperação e troca de solo com retirada de argila mole e substituição por areia e aterro de saibreira. Esse processo foi acompanhado de ensaio tecnológico, para medir as resistências necessárias para o solo. Na sequência, aconteceu a pavimentação e, depois, a execução das margens do rio Camorim. Sua canalização foi realizada com muros laterais de gabião e haverá ainda ações de recuperação do entorno da lagoa.
A área total do Parque Olímpico é de 138 mil m². A pavimentação urbanística foi executada em diferentes áreas, com acabamentos em grama sintética (uma área de 37 mil m² ao redor do palco principal), plaqueamento de concreto intertravado (53 mil m² espalhados pelo desenho do parque, que tem formato de guitarra) e asfalto no entorno do terreno (25 mil m² de pista que também servirá como ciclovia). A opção pela grama sintética se deu por sua maior resistência à grande movimentação de pessoas durante os shows e eventos. Para evitar problemas com a chuva, a área possui um sistema de drenagem. A escolha pelo plaqueamento intertravado também seguiu esta orientação: os blocos são facilmente substituídos em caso de danos, que podem acontecer não só por conta dos grandes shows e eventos, mas por características do próprio solo recuperado.
Estes pavimentos circundam as lajes onde serão montados os palcos do Rock in Rio, que futuramente, em nova etapa da obra ainda não licitada, darão lugar às quadras poliesportivas e a um parque de patinação. Para estabilizar as áreas que receberão os palcos, foram feitos estacamentos pré-moldados, com mais de 500 estacas só na laje do palco principal do festival (Palco Mundo), com uma profundidade média de 8 a 9 m e blocos de coroamento.
Sobre o gramado em torno do palco principal foram construídos dez postes em formato de peixe pintados na cor branca para a iluminação pública do Parque. Outros 16 postes do mesmo desenho serão colocados na frente da obra. A fundação de cada poste foi feita com oito estacas e serão realizados testes de carga para verificar se suportam a força dos ventos que circulam na região. Cada poste tem 17 m no desenvolvimento (contando a curvatura) e 15 m de altura depois de aplicado.
Com 8 t a 9 t, cada poste é composto de três peças metálicas, montadas em três estágios: colocação da base, soldagem das outras duas peças que, juntas, foram içadas por guindaste, encaixadas e soldadas na peça de base. Quatro desses equipamentos também possuem plataformas metálicas para instalação de caixas de som e iluminação.
Por fim, foram realizados os arremates, como o muro que circunda o Parque, os postes de iluminação externos, o asfalto das pistas internas e o conserto de partes da pavimentação intertravada danificadas na própria movimentação da obra.
As obras para o show do rock
Mesmo sem toda a infraestrutura pronta, a montagem dos equipamentos do Rock in Rio começou no início de julho. Na fase final de montagem, a construção envolveu 500 ou 600 profissionais e 3 mil t de material, como peças metálicas de encaixe.
A reportagem completa sobre as obras pode ser conferida na edição de setembro da revista Infraestrutura Urbana.
Ao fundo, a Lagoa de Jacarepaguá e um pedaço da vegetação natural do local, que cobria toda a área de 138 mil metros quadrados que foi aterrada para a construcao.
Canal dragado.
Colocacao da grama sintética e os três tipos de piso existentes na obra.
Vista aérea do terreno, ao lado da Lagoa de Jacarepaguá.
Montagem do palco principal.
Grama sintética foi instalada por todo o parque.
Tubos de PVC compõem os muros da futura área de lazer para os atletas da Vila.
Fonte de Pesquisa e Créditos:
http://www.piniweb.com.br// - Olívia Bandeira, especial para a revista Infraestrutura Urbana
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